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Cancro colorretal (português europeu) ou câncer colorretal (português brasileiro) é o desenvolvimento de cancro no cólon ou no reto, dois segmentos do intestino grosso. A doença tem origem no crescimento anormal de células com a capacidade de invadir ou de se espalhar para outras partes do corpo. Os sinais e sintomas podem incluir sangue nas fezes, alterações nos movimentos intestinais, perda de peso e sensação constante de fadiga.
A maior parte dos cancros do cólon e do reto devem-se à idade avançada e a fatores de risco relacionados com o estilo de vida. Apenas um pequeno número de casos é que está associado a distúrbios genéticos. Entre os fatores de risco estão uma dieta inadequada, obesidade, fumar e ausência de exercício físico. Os fatores dietéticos que aumentam o risco incluem o consumo de carne vermelha, carne processada e bebidas alcoólicas. Outro fator de risco é a presença de doenças inflamatórias intestinais, que incluem doença de Crohn e colite ulcerativa. Alguns dos distúrbios genéticos hereditários que causam cancro colorretal incluem polipose adenomatosa familiar e cancro colorretal hereditário sem polipose. No entanto, estes correspondem a apenas 5% dos casos. O cancro geralmente tem início com um tumor beningno, muitas vezes na forma de um pólipo, que com o tempo se torna canceroso.
O diagnóstico de cancro colorretal pode ser confirmado pela recolha e de uma amostra do cólon através de sigmoidoscopia ou colonoscopia. Durante uma colonoscopia, geralmente são removidos os pequenos pólipos que forem encontrados. Quando é encontrado um pólipo grande ou um tumor, a biópsia permite confirmar se é canceroso. Posteriormente são realizados exames imagiológicos para determinar se a doença se espalhou. O rastreio é eficaz na prevenção e na diminuição da mortalidade por cancro colorretal. O rastreio de rotina é recomendado dos 50 até aos 75 anos de idade. A aspirina e outros anti-inflamatórios não esteroides diminuem o risco de cancro colorretal. No entanto, a sua utilização para este efeito não é recomendada devido aos efeitos adversos.
Os tratamentos para o cancro do cólon e do reto podem incluir alguma combinação de cirurgia, radioterapia, quimioterapia e terapia dirigida. Os cancros que se encontram restritos à parede do cólon podem ser curáveis com cirurgia. No entanto, os cancros que já se espalharam para outras partes do corpo geralmente não são curáveis, focando-se o tratamento na melhoria da qualidade de vida e alívio dos sintomas. A taxa de sobrevivência média a cinco anos nos Estados Unidos é de 65%. No entanto, a sobrevivência depende de quão avançada está a doença, se o cancro pode ou não ser removido com cirurgia e da condição geral de saúde da pessoa. Em todo o mundo, o cancro colorretal é o terceiro tipo mais comum de cancro, correspondendo a cerca de 10% de todos os casos. Em 2012 ocorreram 1,4 milhões de novos casos e 694 000 mortes pela doença. É mais comum em países desenvolvidos, onde ocorrem 65% dos casos. É mais comum em homens do que em mulheres.